
A expansão das montadoras chinesas segue em um ritmo acelerado no Brasil, e duas novas marcas estão prometendo movimentar ainda mais o mercado em 2026: Jetour e Leapmotor.
Com propostas diferentes, uma focada em SUVs premium e outra em elétricos acessíveis, ambas chegam com a missão de conquistar consumidores que buscam tecnologia, preço competitivo e boa garantia.
A seguir, veja o que cada marca promete trazer e como elas podem impactar a disputa por espaço no setor automotivo nacional.
Leapmotor: A aposta elétrica da Stellantis
A Leapmotor chega com um diferencial competitivo que nenhuma outra marca chinesa teve até agora, o apoio direto de uma gigante já consolidade. A marca firmou parceria com o grupo Stellantis, dono de Fiat, Jeep, Peugeot e Citroen.
Isso significa que, diferente de outras marcas que precisam se estruturar praticamente do zero, a Leapmotor pode usufruir de toda a estrutura do grupo Stellantis.
Modelos disponíveis no mercado brasileiro
A estratégia da marca foca em dois SUVs médios repletos de tecnologia, se posicionam para brigar no segmento que mais cresce no país:
- Leapmotor B10: A porta de entrada da marca. Trata-se de um SUV médio 100% elétrico (BEV) com porte ideal para cidades e estradas. Ele chega com a missão de desafiar diretamente o BYD Yuan Plus, oferecendo design global, acabamento refinado e preço competitivo para atrair quem busca seu primeiro SUV elétrico.
- Leapmotor C10: O "irmão maior", focado em famílias que precisam de mais espaço e versatilidade. Seu grande trunfo é ser oferecido em duas motorizações: 100% elétrico (BEV) ou com extensor de autonomia (REEV), um sistema híbrido onde um motor a combustão atua como um gerador energia para a bateria, o que estende a autonomia do SUV.
A parceria com a Stellantis promete resolver uma das maiores dores de cabeça de quem compra um veículo importado, a disponibilidade de peças e o pós-venda.
Jetour: Design ousado e foco em SUVs
Enquanto a Leapmotor aposta na parceria estratégica, a Jetour, mas com operação independente no Brasil) chega com foco total no segmento que o brasileiro mais ama: SUVs. O foco da marca está no consumidor que busca status, design disruptivo e robustez.
A marca confirmou sua estreia para o primeiro trimestre de 2026 com três modelos híbridos plug-in (PHEV), unindo design robusto e eficiência.
Chegando em breve no mercado
A montadora já definiu quais modelos vão chegar para brigar na primeira prateleira do mercado:
- Jetour S06: Será o modelo de entrada da marca. Um SUV médio com visual moderno e vocação urbana, projetado para competir em volume de vendas e atrair famílias que buscam tecnologia e conforto.
- Jetour T1: Um SUV com porte avantajado e visual "caixote" (boxy design), focado no público que gosta de uma estética off-road robusta, similar ao estilo do Ford Bronco Sport, mas com motorização híbrida.
- Jetour T2: O carro-chefe (flagship) da marca. É um SUV grande, com tração 4x4 e acabamento de luxo. Ele se posiciona como uma vitrine de tecnologia da Jetour, oferecendo o máximo em desempenho e capacidade fora de estrada.
A Jetour quer se consolidar como opção para famílias que buscam SUVs confortáveis, completos e com design moderno. A marca deve apostar em pacotes robustos de segurança, multimídia avançada e motores eficientes.
Como as marcas podem impactador o mercado brasileiro
A chegada dessas marcas chinesas força todo o mercado a se movimentar. Para o consumidor, isso se traduz em dois pontos importantes:
- Guerra de preços: As montadoras tradicionais precisarão rever suas tabelas para não perder fatia de mercado.
- Mais equipamentos: Torna-se padrão oferecer teto solar, assistentes de condução (ADAS) e acabamento premium mesmo em versões de entrada.
No curto prazo, a disputa deve ficar mais acirrada nos segmentos de SUVs e elétricos compactos. Com isso, marcas tradicionais precisam se adaptar rapidamente para competir com o pacote custo-benefício chinês.
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Jetour e Leapmotor chegam ao Brasil em um momento estratégico, no qual o consumidor está mais aberto às marcas chinesas e busca veículos tecnológicos sem pagar mais por isso. Com propostas distintas, mas igualmente competitivas, elas devem ampliar a concorrência e acelerar a modernização do mercado brasileiro.
